As principais causas de defeitos no campo visual central são: lesões na região macular (área central da retina), devido a infecções ou ligadas à senilidade, distrofias de cones ou doença de Stargardt.
As principais queixas variam de acordo com a extensão e intensidade do envolvimento macular, desde leve distorção da imagem até o aparecimento de uma mancha/defeito do campo central denso (escotoma), diminuição do alcance visual, alteração da percepção de cores ou diminuição da percepção de contrastes baixos, levando a dificuldades para reconhecimento de faces/expressões faciais e leitura ineficiente.
Os defeitos de campo visual periférico, por outro lado, são causados, sobretudo, por glaucoma avançado, retinose pigmentar avançada e doenças neurológicas. As alterações funcionais incluem: dificuldade para reconhecimento e para orientação no ambiente, dificuldade de localização de objetos, diminuição da resposta visual em condições de baixa luminosidade e redução da sensibilidade ao contraste. Para essas dificuldades, existe a reabilitação visual, que visa auxiliar o paciente a utilizar sua visão residual, promovendo sua independência e liberdade, da melhor forma possível.
A importância da autodescrição
Que o mundo está cada vez mais visual, todos já sabemos. A cada dia surge uma nova mídia social focada em imagens ou vídeos e reduzindo consideravelmente o uso de palavras e a quantidade de texto. Mas, como ficam as pessoas que não enxergam ou têm restrição de visão?
O Movimento Web para Todos (MWPT), apoiado pela Fundação Dorina, revela que não. Menos de 1% dos 14,65 milhões de sites ativos do país está preparado para a navegação de pessoas com deficiência, segundo uma pesquisa divulgada pelo MWPT, em parceria com a BigData Corp.
De acordo com a Fundação Dorina, a audiodescrição é o recurso de acessibilidade que possibilita a apropriação dos conteúdos de todo tipo de imagem por meio de sua descrição em palavras, podendo ser inserida nas mais diversas situações cotidianas, sociais e culturais, sendo imprescindível para as pessoas com deficiência visual.
É necessário descrever textualmente todas as imagens que transmitem informações relevantes, transformando o que era apenas visual em texto, possibilitando às tecnologias assistivas interpretarem o conteúdo desses elementos.
Fonte: fundacaodorina.org.br